Os amigos e parceiros com os quais me relaciono profissional e socialmente, discutem política e aspiram soluções. Seja numa mesa de bar numa sexta-feira descompromissada, seja em meio a algum embate ideológico de proporções maiores.
O descontentamento com a realidade resulta em discussões acerca dos caminhos possíveis e das soluções cabíveis. Não é mais possível conviver com famílias dormindo nas ruas, crianças vendendo balas de madrugada em mesas de bar, assaltos nos sinais de trânsito, tiroteios nas vias expressas e o que é mais grave, a realidade das favelas e as reais condições em que vivem milhares de famílias neste Rio de Janeiro permeado de contradições.
A princípio queremos todos a mesma coisa: justiça social com a diminuição da desigualdade assustadoramente desproporcional. Os instrumentos capazes de promover esta de mudança parecem claros numa primeira e superficial visão: uma política social de distribuição de renda unido a um projeto educacional que dê ao povo condições de se organizar articuladamente, buscando por meio deste projeto, as possíveis soluções.
Quando partimos para a realidade e verificamos as ações políticas em andamento, por outro lado, percebemos que o que parece simples se complexifica no embate ideológico e nos diferentes níveis de conformação. O clima de descontentamento se vê ratificado por uma imprensa manipuladora, cujas informações são acolhidas com entusiasmo e crença desmedida, emperrando qualquer nível de discussão.
As recentes ações de Hugo Chavez na Venezuela servem como exemplo desta divisão. Se de um lado temos um presidente que não faz nada – não privatiza o setor aéreo, por exemplo – por outro temos um ditador que arbitra o fechamento de um canal de televisão, produzindo, como era de se esperar, reações duras da nossa imprensa marrom.
Que as elites venezuelanas e as demais elites latinas não se conformem com um governo que age em favor do povo, isso não nos causa espanto ou qualquer outro tipo de reação. Mas que o restante da população resolva se unir ao clima de descontentamento expresso por um jornalismo contaminado, cujos interesses são mantidos com base na conivência, isto sim, nos assusta e nos causa profunda indignação.
Não basta desejar uma sociedade melhor, é preciso trabalhar para que ela se organize em melhores condições. Enquanto acharmos que o problema não é nosso e que não nos cabe o trabalho de reflexão e reconhecimento dos engodos a que somos submetidos, passaremos a vida suspirando o nosso voto lançado nas urnas em vão. Como se votar bastasse, como se governar fosse simples, como se o buraco não fosse mais embaixo e a luta não fosse um compromisso diário com a busca da verdade, camuflada por uma persistente e diabólica tentativa de manipulação.
O descontentamento com a realidade resulta em discussões acerca dos caminhos possíveis e das soluções cabíveis. Não é mais possível conviver com famílias dormindo nas ruas, crianças vendendo balas de madrugada em mesas de bar, assaltos nos sinais de trânsito, tiroteios nas vias expressas e o que é mais grave, a realidade das favelas e as reais condições em que vivem milhares de famílias neste Rio de Janeiro permeado de contradições.
A princípio queremos todos a mesma coisa: justiça social com a diminuição da desigualdade assustadoramente desproporcional. Os instrumentos capazes de promover esta de mudança parecem claros numa primeira e superficial visão: uma política social de distribuição de renda unido a um projeto educacional que dê ao povo condições de se organizar articuladamente, buscando por meio deste projeto, as possíveis soluções.
Quando partimos para a realidade e verificamos as ações políticas em andamento, por outro lado, percebemos que o que parece simples se complexifica no embate ideológico e nos diferentes níveis de conformação. O clima de descontentamento se vê ratificado por uma imprensa manipuladora, cujas informações são acolhidas com entusiasmo e crença desmedida, emperrando qualquer nível de discussão.
As recentes ações de Hugo Chavez na Venezuela servem como exemplo desta divisão. Se de um lado temos um presidente que não faz nada – não privatiza o setor aéreo, por exemplo – por outro temos um ditador que arbitra o fechamento de um canal de televisão, produzindo, como era de se esperar, reações duras da nossa imprensa marrom.
Que as elites venezuelanas e as demais elites latinas não se conformem com um governo que age em favor do povo, isso não nos causa espanto ou qualquer outro tipo de reação. Mas que o restante da população resolva se unir ao clima de descontentamento expresso por um jornalismo contaminado, cujos interesses são mantidos com base na conivência, isto sim, nos assusta e nos causa profunda indignação.
Não basta desejar uma sociedade melhor, é preciso trabalhar para que ela se organize em melhores condições. Enquanto acharmos que o problema não é nosso e que não nos cabe o trabalho de reflexão e reconhecimento dos engodos a que somos submetidos, passaremos a vida suspirando o nosso voto lançado nas urnas em vão. Como se votar bastasse, como se governar fosse simples, como se o buraco não fosse mais embaixo e a luta não fosse um compromisso diário com a busca da verdade, camuflada por uma persistente e diabólica tentativa de manipulação.