sábado, 20 de março de 2010

Minha primeira colagem




Novamente de volta, tentando colocar as postagens em dia... sem muita regra, ritmo ou definição de rotina.

Hoje é sábado e consegui sair pra fazer compras, ver duas exposições, ir ao teatro e ainda esticar numa pista de dança com os amigos. Ufa! são quatro da manhã e eu nem acredito que estou viva!

As compras foram frustradas, o banco cometeu um engano e bloqueou meu cartão, ai que vergonha quanto acontece isso! Foi o sistema, uma hora depois eles me ligam de um número desconhecido e falam de um problema sistêmico. Cercada de palavreados bonitos e mil pedidos de desculpas, concluí que não devia gastar aquela grana, o sistema pressentiu isso. Não precisava comprar tantas coisas em um só dia.

Fui ao teatro retirar meu ingresso antecipado, a Bárbara elogiou o espetáculo, não queria correr o risco de perder o grupo Tapa em seu penúltimo dia no Rio. E sabia que com a força da Bárbara, se eu deixasse pra cima da hora, seria impossível.

Enquanto aguardava o espetáculo me distraí com duas curiosas exposições. Uma no Museu da Justiça Federal reuniu um grupo de deficientes físicos. Essa mistura de arte com filantropia parece esquisita, mas apesar disso alguns trabalhos são belíssimos, especialmente o do curador. Ele brinca com a aquarela e só por ele já valeria a visita.

Algumas esculturas de ferro, feitas com parafusos e outros objetos conhecidos, davam vida a personagens como Dom Quixote e Cartola, além de alguns trabalhos com argila... Pra finalizar, uma exposição de fotografia no andar de cima e o passeio pelos arredores do museu, transformado em mais um presente pra cidade. Lindo!

De volta ao museu da CEF, na Barroso, me perdi na Pintura em Pânico logo na entrada, só conseguindo largar a oficina de colagem ao me lembrar da fila no andar de cima. Mas vou voltar pra fazer mais colagens, adorei o exercício.

Enfim o espetáculo, um bom teatro como há algum tempo não via. "O Ensaio" reúne bons atores, uma direção honesta, cenário cuidadoso e limpo, além de um belo figurino. Não sou Bárbara Eliodora e nem li o que ela escreveu. Mas saí do teatro feliz por ter ido.

Pra completar a noite uma pista e dança e eu acreditando que valeria a pena esticar mais um pouquinho. Se não fosse pela companhia dos amigos, da noite linda, da cerveja gelada de algumas caras bonitas, eu choraria por meus pés doídos. Depois de uma hora e meia do lado de fora, na fila, enfrentei um lugar superlotado e prometi pra mim mesma: Maracangalha, nunca mais! Nem morta eu repito esse equívoco.

A cidade oferece diversidades e eu não me canso de esbarrar com gringos em todos os lugares. Uma babel de mexicanos, portugueses, chilenos e franceses na fila pra comprar bebidas foi o momento mais divertido. Porque de resto, muito pisão no pé e muita fila.

Um taxista com sotaque da roça que não sabia direito o caminho me deixou na porta de casa e esperou que eu entrasse pra dar partida. A feira da Glória começa a ser montada, já é quase domingo. Amanhã vou ver o filme do Eric Glauber, quem sabe eu escrevo mais um pouquinho?

Eliane Martins